segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mooji - Quando a verdade acontece...

Mooji - O último apelo da mente.

Mooji - Descobrindo a Verdade !!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Anand Avikal - Um dos meus Mestres também foi um cão.

Postei um vídeo anterior a este que conta a história de Shibli quando observava um cachorro com sêde à beira de um rio.
http://blogdoavikal.blogspot.com/search/label/Videos%20Osho


Quero contar minha experiência com um cão também:

No ano de 2000, morei em Jarinú,próximo da cidade de Jundiaí - SP.
Estava dirigindo um caminhão Mercedez Benz, modêlo truck, vindo da pista que vem de Itú.
Tinha que atravessar uma ponte que passa por cima da Via Anhanguera para chegar à Jundiaí.
Há uma subida ingreme e portanto uma descida ingreme. Um caminhão com 30 toneladas deve fazer este percurso devagar.Em torno de 30kms/h.

Quando inicei a descida observei ao longe dois cães, sendo um na frente e outro logo atrás, muito voraz latindo e atacando o da frente.Os dois estavam correndo em disparada.
Deu para observar que eles eram grandes.O cão que estava perseguindo, provavelmente se sentindo o vitorioso, pois o cão da frente apesar de grande, estava desesperado para fugir.

Eles vinham da minha direita para esquerda. Atravessaram na frente do caminhão e pude observá-los atingindo a outra via(a pista é dupla).

Entretanto o cão que estava fugindo atravessou a outra via à minha esquerda sem problemas, mas na hora que o brutamontes(cão feroz) foi atravessar, vinha um carro Monza que o acertou em cheio, e pude ver ele cair morto no mesmo instante.

Aquela cena me remeteu à minha PREPOTÊNCIA. Eu sempre me sentia como aquele cão. Totalmente prepotente(EGO) e pude VER naquela cena o quanto Eu sou vulnerável. Impotente. Frágil.

Vou deixar claro que foi um VER tudo isto.Não foi uma elaboração mental. Um INSIGHT que modificou minha vida a partir daquele momento.

Aquilo foi tão forte que chorei convulsivamente.Tive que dirigir até minha casa em baixa velocidade pois aquilo permaneceu durante uns quinze minutos.

Portanto, sou Díscipulo de Osho, mas dois cães foram meus Mestres naquele momento.

Osho - Do livro "Antes que você morra".

Eckhart Tolle - O poder do silêncio

A calma é a nossa natureza essencial.
O que é a calma? É o espaço interior ou a consciência onde as palavras aqui escritas são assimiladas e se transformam em pensamentos. Sem essa consciência, não haveria percepção, não haveria pensamentos nem mundo. Você é essa consciência em forma de pessoa.

Quando você perde contato com sua calma interior, você perde contato com você mesmo. Quando perde esse contato, você fica perdido no mundo. Sua mais íntima noção de si mesmo, de quem você é, não pode ser separada da calma. Ela é o EU SOU, mais profundo do que seu nome e da sua forma externa.

O equivalente ao barulho externo é o barulho interno do pensamento. O equivalente ao silêncio externo é a calma interior. Sempre que houver silêncio à sua volta, ouça-o. Isso significa: apenas perceba-o. Preste atenção nele. Ouvir o silêncio desperta a dimensão de calma que já existe dentro de você, porque é só através da calma que você pode perceber o silêncio. Note que, quando você percebe o silêncio à sua volta, você não está pensando. Você está consciente do silêncio, mas não está pensando.

Quando você percebe o silêncio, instala-se imediatamente uma calma alerta no seu interior. Você está presente.Nesses momentos você se liberta de milhares de anos de condicionamento humano coletivo.

Olhe para uma árvore, uma flor, uma planta. Deixe sua atenção repousar nelas. Note como estão calmas, profundamente enraizadas no Ser. Deixe que a natureza lhe ensine o que é a calma.

Quando você olha para uma árvore e percebe a calma da árvore, você também se acalma. Você se conecta à árvore num nível muito profundo. Você sente uma unidade com tudo o que percebe na calma e através dela. Sentir a sua unidade com todas as coisas é amor.

O silêncio ajuda, mas você não precisa dele para encontrar a calma. Mesmo se houver barulho por perto, você pode perceber a calma por baixo do ruído, do espaço em que surge o ruído. Esse é o espaço interior da percepção pura, da própria consciência. Você pode se dar conta dessa percepção como um pano de fundo para tudo o que seus sentidos apreendem, para todos os seus pensamentos. Dar-se conta da percepção é o início da calma interior.

Qualquer barulho perturbador pode ser tão útil quanto o silêncio. De que forma? Abolindo a sua resistência interior ao barulho, deixando-o ser como ele é. Essa aceitação também leva você ao reino da paz interior que é a calma. Sempre que você aceitar profundamente o momento como ele é - qualquer que seja a sua forma - você experimenta a calma e fica em paz.

Preste atenção nos intervalos - o intervalo entre dois pensamentos, o curto e silencioso espaço entre as palavras e frases numa conversa, entre as notas de um piano ou de uma flauta ou o intervalo entre a inspiração e a expiração. Quando você presta atenção nesses intervalos, a percepção de "alguma coisa" se torna apenas percepção. Dentro de você surge a pura consciência desprovida de qualquer forma. Você deixa então de identificar-se com a forma.

A verdadeira inteligência atua silenciosamente. A calma é o lugar onde a criatividade e a solução dos problemas são encontradas.

Será que a calma e o silêncio são apenas a ausência de barulho e de conteúdo? Não, a calma e o silêncio são a própria inteligência, a consciência básica da qual provêm todas as formas de vida. A forma de vida que você pensa que é, vem dessa consciência e é sustentada por ela. Essa consciência é a essência das galáxias mais complexas e das folhas mais simples. É a essência de todas as flores, árvores, pássaros e demais formas de vida.

A calma é a única coisa no mundo que não tem forma. Na verdade, ela não é uma coisa nem pertence a este mundo.
Quando você olha num estado de calma para uma árvore ou uma pessoa, quem está olhando? É algo mais profundo do que você. A consciência está olhando para a sua própria criação. A Bíblia diz que Deus criou o mundo e viu que era bom. É isso que você vê quando olha num estado de calma, sem pensar em nada.

Você precisa saber mais coisas do que já sabe? Você acha que o mundo será salvo se tiver mais informações, se os computadores se tornarem mais rápidos ou se forem feitas mais análises intelectuais e científicas? O que a humanidade precisa hoje é de mais sabedoria para viver.

Mas o que é sabedoria e onde ela pode ser encontrada? A sabedoria vem da capacidade de manter a calma e o silêncio interior. Apenas veja e ouça. Não é preciso nada além disso. Manter a calma, olhando e ouvindo, ativa a inteligência que existe dentro de você. Deixe que a calma interior oriente suas palavras e ações.

A maioria das pessoas passa a vida toda aprisionada nos limites dos próprios pensamentos. Nunca vai além das estreitas idéias já feitas, do sentido do "eu" condicionado ao passado.

Em você, como em cada ser humano, existe uma dimensão de consciência bem mais profunda do que o pensamento. É a essência de quem você é. Podemos chamá-la de presença, de percepção, de consciência livre de condicionamentos. Nos antigos ensinamentos religiosos, essa consciência é o Cristo interior ou a sua natureza búdica.

Descobrir essa dimensão liberta você do sofrimento que causa a si mesmo e aos outros, quando você conhece apenas esse pequeno "eu" condicionado e deixa que ele conduza sua vida. O amor, a alegria, a criatividade e a verdadeira paz interior só podem entrar em sua vida quando você atinge essa dimensão de consciência livre de condicionamentos.

Se você reconhecer, mesmo esporadicamente, que os pensamentos que passam por sua cabeça são meros pensamentos; se você consegue se dar conta dos padrões que se repetem em suas reações mentais e emocionais, é sinal de que essa dimensão de consciência está emergindo. Ela é o espaço interno em que o conteúdo de sua vida se desdobra.

A corrente do pensamento tem uma enorme força que pode muito facilmente levar você de roldão. Cada pensamento tem a pretenção de ser extremamente importante. Cada pensamento quer sugar sua completa atenção.

Eis um novo exercício espiritual para você praticar: não leve seus pensamentos muito a sério!

Com muita facilidade as pessoas ficam aprisionadas nas armadilhas de seus próprios pensamentos!

Como a mente humana tem um imenso desejo de saber, de compreender e de controlar, ela confunde opiniões e pontos de vista com a verdade. A mente afirma: "as coisas são exatamente assim". Você precisa ir além dos seus pensamentos para perceber que, ao interpretar a "sua vida" ou a vida e o comportamento dos outros, ao julgar qualquer situação, você está expressando apenas um ponto de vista entre muitos possíveis. Suas opiniões e pontos de vista não passam de um punhado de pensamentos. Mas a realidade é outra coisa. Ela é um todo unificado em que todas as coisas se interligam e nada existe em si e por si. Pensar fragmenta a realidade, cortando-a em pequenos pedaços, em pequenos conceitos.

A mente pensante é uma ferramenta útil e poderosa, mas torna-se muito limitadora quando invade completamente a sua vida, impedindo você de perceber que a mente é apenas um pequeno aspecto da consciência que você é.

A sabedoria não é um produto do pensamento. A sabedoria é um profundo conhecimento que vem do simples ato de dar total atenção a alguém ou a alguma coisa. A atenção é a inteligência primordial, a própria consciência. Ela dissolve as barreiras criadas pelo pensamento, levando-nos a reconhecer que nada existe em si e por si. A inteligência une a pessoa que percebe ao objeto percebido, num campo unificado de percepção. É a atenção que cura a separação.

sábado, 20 de novembro de 2010

Satyaprem - O que é Satsang ?

"Satsang" é uma palavra que vem do sânscrito.
SAT significa Verdade e SANG significa encontro, comunhão.
Podemos dizer, portanto, que Satsang é comungar a Verdade.

Trata-se de um ato religioso - mas não ritualístico -
estamos falando do Original.
A Verdade comunga com ela mesma e deixa transparecer,
de antemão, que você não é aquilo que estava pensando que era.
Essa é a máxima que Satsang nos trás.

É como uma brincadeira de esconde-esconde.
Eu proponho que você é a Verdade e você propõe que é esse corpo e essa mente.
Vejamos o que fica.
Sem sustentar o que pensa, você se entrega à verdade.
Se mantendo convicto das crenças a respeito de si e do mundo,
se entrega àquilo que pensa que é, à herança imposta pela sociedade,
pelos seus pais, pela sua escola... pelo mundo, enfim.

Em Satsang, a brincadeira é encontrar a Verdade,
além de tudo que você imaginava até hoje.
E o mais divertido é que é muito mais simples do que você imagina.
Na verdade, você já está comungando a Verdade,
apenas não está consciente disso.

O nosso propósito, portanto, é uma mudança de percepção.
Vamos mudar a percepção do objeto percebido e notar
que aquele que percebe permanece o mesmo.
O objeto percebido é que muda.Um esforço mínimo é necessário.
Apenas um entendimento precisa ocorrer.
Relaxe e ouça. Algumas vezes pode vir a parecer absurdo
o que a Verdade revela,mas é de muito bom tom que você assuma
que a sua "estrutura pensamental" está sendo ferida
e vá em frente, investigue.

Satsang colapsa tudo aquilo que você imagina.
Estamos diante do colapso do imaginado e do aparecimento do real.
A isso chamamos de "acordar". E essa não é uma experiência.
Vou repetir: não é uma experiência.
Seria fácil propor mais uma experiência de bem-estar,
mas esta seria apenas mais uma experiência de bem-estar, que estaria fadada a terminar em algum momento.

Tudo o que começa, termina.
Estamos aqui para olhar para uma outra coisa: aquilo que não começa nem termina
e que, portanto, não é uma experiência.
É uma não-experiência. Gosto de chamar de "experiência zero".
Tudo que é experimentado é experimentado no tempo.
Satsang é um retorno ao Original,
um retorno àquilo que você sempre foi, é e será,
sem que se mova de onde se encontra.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Satyaprem - Acordar é a revelação de que não tem você

Quando se dá conta de que o “ver” é impessoal,
você começa a perceber que o que acontece com o corpo,
na vida, no dia-a-dia,
é realmente uma expressão daquilo que você é.

A partir daí, se torna muito mais importante esse “ver”,
do que, necessariamente qualquer “fazer”.
O que quer que seja que você faça,
é decorrência de uma série de circunstâncias,
e nunca sabemos, de ante-mão, o que são.

No entanto “ver” é absoluto.
Diante do absoluto, procuramos a entidade "eu"
que pensamos ser e não encontramos nada.
No lugar da entidade há algo totalmente pacífico,
silencioso e impessoal - e Isso é você.

Acordar é ver.
Praticamente nada precisa acontecer.
Porque acordar não é algo que acontece para alguém.
Acordar é a revelação de que não tem ninguém.
Logo, não acontece para alguém. Acontece para ninguém.
E, na verdade, não acontece. Não é um acontecimento.

Normalmente as pessoas, e talvez você também,
procuram por um acontecimento.
É habitual.
Nós estamos completamente acostumados a acontecimentos,
o tempo todo precisamos de registros.
Registramos o nosso nascimento, a Primeira Comunhão,
a entrada na escola, a saída da escola, o noivado,
o casamento, a separação... tudo precisa ser registrado.
Porque se não houver registro, fica óbvio que a entidade falsa não existe.
Inclusive, ela só existe porque tem registro,
porque tem uma história para contar.

Já o que eu quero chamar a sua atenção para,
é algo que não precisa de registro para ser,
e tão pouco se importa com os registros.
Na verdade, as coisas acontecem nisso que você é.
Elas não acontecem para justificar o que você é.
As coisas acontecem e desacontecem nisso,
e isso não acontece.
Isso não desacontece, tampouco.

Do que estamos falando?
Não é do seu corpo, porque o seu corpo está acontecendo nisso.
Não é da sua mente, porque a sua mente está acontecendo nisso.
Não é a respeito dos seus sentimentos e sensações,
porque ambos estão acontecendo nisso.
Tudo, absolutamente tudo o que acontece, acontece nisso.
E isso não acontece em lugar nenhum.
Você é um não-acontecimento.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...